E SURGE O PARTIDO VERDE EM ARROIO GRANDE!

No ano de 2008 foi dado o pontapé inicial para a fundação do Partido Verde (PV) em Arroio Grande. A sigla é uma das que mais crescem no Brasil e no mundo, e passa agora a ter representatividade também na Terra de Mauá.
O PV é um partido que não se aprisiona na estreita polarização da esquerda contra a direita. Situa-se à frente dessa disputa. Está aberto ao diálogo como todas as demais forças políticas com o objetivo de levar à prática as propostas e os programas verdes. A sigla identifica-se com o ideário de esquerda no compromisso com as aspirações da grande maioria trabalhadora da população e na solidariedade com todos os setores excluídos, oprimidos e discriminados, defendendo a redistribuição da renda, a justiça social e a priorização de atendimento aos desfavorecidos. Os “verdes” defendem ainda a democracia participativa, o fortalecimento dos municípios e, acima de tudo, a preservação e a valorização do meio ambiente dentro das esferas de poder público. Porém, cabe destacar que entre as diretrizes do PV não se encontra apenas a defesa às causas ambientalistas. A política verde é muito mais ampla e se estende ainda pela acessibilidade, incentivo, pluralização e difusão da cultura em suas diversas formas de manifestação; promoção e criação de mecanismos para garantir a cidadania; democratização e respeito às diferenças no exercício das gestões públicas e apoio e investimento no trabalho.
O Partido Verde nasceu em Arroio Grande no campo de oposição à administração municipal (PDT, PSDB, PT e PSB), porém, não adota uma política de “críticas sistemáticas e permanentes”, e sim busca construir um espaço embasado em proposições, criação de vias alternativas de desenvolvimento e novas formas de garantir a igualdade social aos arroiograndenses.
Através deste BLOG você poderá estar mais próximo das idéias do PV e da política que os verdes lutam para implantar em Arroio Grande e no resto do planeta. Venha você também fazer parte do Partido Verde e vamos juntos cobrir Arroio Grande com o verde da esperança e com o “V” da verdade, que está fazendo tanta falta no cenário político em geral.
Plante essa idéia!

Saudações verdes!


Sidney Bretanha
Presidente comissão provisória PV/AG

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O QUE É O DESERTO VERDE?

A expressão "deserto verde" ganhou amplo destaque na mídia nacional e internacional, especialmente na rede mundial de computadores, na denominada "mídia alternativa". O que é afinal o "deserto verde" e como podemos conceituá-lo para vincular e compreender os assuntos a ele pertinentes?Temos no Brasil como em nenhuma parte do resto do mundo, imensas propriedades especializadas no cultivo de um só produto, com alta tecnologia, mecanização - às vezes irrigação - pouca mão-de-obra, e por isso, falam com orgulho que conseguem alta produtividade do trabalho. Tudo baseado em baixos salários, uso intensivo de agrotóxicos e de sementes transgênicas. Voltado para exportação, principalmente para indústria de papel e celulose, o deserto verde vem crescendo a partir da produção principalmente de eucaliptos e de soja e tem se expandido por diversas regiões do Brasil. Com relação ao eucalipto, atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega matéria-prima de áreas de reflorestamento, sendo de eucalipto (65%) e pinus (31%). Entretanto, longe estamos de poder chegar à conclusão de que podemos ficar tranqüilos e que há preservação ambiental. Segundo a consultora de meio ambiente do Idec, Lisa Gunn, utilizar madeira de área reflorestada é sempre melhor do que derrubar matas nativas, mas isso não quer dizer que o meio ambiente está protegido. "Quando o reflorestamento é feito nos moldes de uma monocultura em grande extensão de terras, não é sustentável porque causa impactos sociais e ambientais, como pouca oferta de empregos e perda de biodiversidade". Sob o argumento de reflorestamento, criam-se verdadeiros desertos verdes de produção de madeira para fábricas de celulose. O eucalipto é a principal espécie dessa estratégia e danifica o solo de forma irreparável: uma vez plantado, não é possível retomar a fertilidade da terra e seus minerais. Além disso, as raízes do eucalipto penetram nos lençóis freáticos, prejudicando o abastecimento de água das regiões. Cada pé de eucalipto é capaz de consumir 30 litros de água por dia. De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos hídricos. Segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido no estado. Outro indício da devastação e do desequilíbrio ambiental causados pelo plantio de eucalipto é o assoreamento dos rios, hoje praticamente secos, uma vez que a espécie consome muita água. A falta d'água não aflige só os animais, como também impede a produção de qualquer tipo de alimento. O amendoim cresce raquítico, o feijão não se desenvolve, o milho não nasce, deixando claro que a improdutividade da terra generalizou-se para além das áreas onde estão as plantações de eucalipto. O plantio de eucalipto em locais de baixa umidade chegou a secar poços artesianos com até 30 metros de profundidade, deixando a população local sem água. O eucalipto tem alto consumo de água, pois tem uma grande evapotranspiração, podendo ressecar o solo, secar olhos d’água, baixar o lençol freático, secar banhados, diminuir a água dos pequenos córregos e riachos, etc. As fábricas de celulose são também grandes consumidoras de água, com uso de muitos produtos químicos para o branqueamento da celulose, tendo sempre presente o risco de acidentes ambientais. Outro impacto ambiental causado pelo monocultivo do eucalipto é a redução da biodiversidade da flora e da fauna. O eucalipto causa também a degradação da fertilidade dos solos, exigindo grandes investimentos de recuperação posterior à colheita e compactação pelo uso de máquinas pesadas.

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